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Nossa aventura em Rennes
sexta-feira, julho 02, 2004
 
Olá a todos! ! !

Depois de uma vida pra por a vida em ordem depois da viagem a Suécia, aqui estou eu de novo. Bom, agora como o blogger está sendo escrito a quatro mãos é melhor explicitar quem sou eu, né. Entao, neste momento, eu sou Ingrid !

Essa semana começou o verão aqui. Tudo bem que não está sendo um supeeeerrrr verão, mas da pro gasto (e pro delírio dos franceses!!! háááa. Desculpem, mas não deu pra segurar esse pouquinho de sarcasmo). Bom, no dia 21 de junho, o dia do solstício de verão, rola aqui na França a “Fête de la Musique”. É a maior festa de rua daqui. E é bem interessante. Bom, se alguém for esperando um carnaval de Olinda, com certeza vai sair xingando. Mas a experiência é bem interessante.

O esquema é que todo mundo vai pra rua tocar ou ouvir musica. E tem de tudo. De musiquinha de fanfarra a trash metal, passando por “banquinho e violão”, coral, clássico, reggae e musica bretã. Ah, claro, tem as musicas crioulas (Antilhas, Martinica, etc...), que são as mais disputadas. Afinal, vamos e venhamos, os únicos batuques descentes que ouvi nessa terra são dos “crioulos” (OBS IMPORTANTE: aqui usam o termo crioulo pra que vem das colônias, não tem nada de pejorativo, tá! ! ! ! ). Bom, isso a gente conhece bem, batuque bem feito é batuque negro – alias é bem engraçado ver os franceses tentando batucar ! ! ! ! Outra escapadela de sarcasmo.

Bom, pra ter uma geral da festa, eu e Fred fizemos um tour pela cidade, ficando uns 5 minutinhos em cada grupo que encontrávamos. Isso deu umas 3 horas de passeio, pra vcs terem uma idéia de que o negócio é animado mesmo. Como eu disse, tinha de tudo, mas pessoalmente o que mais curti foram uns corais, escondidinhos num jardim (maravilhoso, a propósito de uma igreja). Muito lindo! ! ! E o cenário ajudou. Uma pena é que o tempinho estava bem “bretão” - isso quer dizer, friozinho com uma chuvinha chata que tirou um pouco do brilho da festa. Tb foi engraçado encontrar um desses batuques crioulos (por sinal o único que andava pelas ruas. Acho que carnaval deve ter nascido na África, viu !) que parecia uma escola de samba arrastar uma multidão de enlouquecidos ( e descordenados) atrás.

Mas sinceramente, o que mais me impressionou foi uma descoberta pra mim até então impensável : Francês curte uma muvuquinha ! ! ! ! Apesar do nome ser festa da musica, a festa mesmo era da comida. O que tinha de barraquinha no meio da rua. Gallete (típico), churrasquinho, churros, waffle, e até maça do amor. Alias tinha um pedacinho lá perto de casa que era quermesse de interior. E interiorzão! ! ! ! Pra se ter uma idéia: a festa era toda na rua, estava ventando e chuviscando e cheguei em casa toda fedida a comida e a gordura. Olha, a farofa deles não é só comer no trem e no banquinho da praça, não! ! ! ! Tem farofa pra tudo o que é gosto! ! Mas é bem legal – me diverti bem!

E falando em muvuca... Descoberta número dois: o verão é a época mais muvuqueira deles. Dois dias apos o festival da musica, teve a “braderie”. Esse negocio estava anunciado pelos 4 cantos de Rennes e até onde tinham me dito era um dia de saldão das lojas, pra esvaziar os estoques. Até aí tudo bem... Mas qual não foi meu susto qdo saindo de casa pela manha, me deparo com um multidão – literalmente um formigueiro – saindo do metro pra aproveitar a tal “braderie”, que nada mais é do que uma enorme Sulanca, pros Recifenses, ou uma 25 de março pros paulistas... Se bem que parece mesmo é a Sulanca ! ! ! ! ! A cidade ficou coberta de barraquinhas vendendo de tudo. Mas 80% das barraquinhas vendiam roupas. E adivinhem o produto mais vendido : roupas verde e amarelas, escritas Brasil . As lojas puseram suas barraquinhas na ruas. E o povão tb. Tudo no melhor estilo muvuca, com churrasquinhos de gato tb. Um experiência cultural inesquecível.

Bom, do dia dessa braderie até 14 de julho são os saldos de verão. Tudo em promoção... E promoção mesmo. É tentador. Ontem nos compramos um livro de cozinha francesa. Compramos tb um guia da Bretanha. Deu vontade de comprar uma toalha de mesa. E, acreditem, comprei um sapato francês. Com cara de sapato francês! ! ! Lembram que eu disse que francês jura que vermelho é cor básica de sapato? Pois bem, não cheguei ao nível de comprar um sapato vermelho ainda, mas comprei um azul ! ! ! Ele foi super barato (15 euros) e é super confortável pra andar (pq aqui eu ando um bocado), mas cada vez que olho pro meu pé acho tão estranho.... Bom, como tudo nessa vida, é uma questão de adaptação! ! ! Quem sabe, nos próximos saldos eu já não tô comprando um vermelho.

Beijo a todos....

Ingrid

 
Olá a todos !

Com duas semanas de atraso, chegamos nós para contar nossas aventuras na Suécia. O atraso atribua-se ao fato de inevitavelmente estarmos envelhecendo – agora uma semana mochilando corresponde a umas duas semanas para por a vida e o sono em ordem – por isso, por favor relevem. Outra novidade : essa é a primeira edição conjunta (Ingrid + Fred) desse blogger.
Para ver as fotos da viagem vá ao www.efotos.com.br -> e-fotos Compartilhamento -> Galeria Pública -> Procurar por Suecia em Título do Album. Os Álbuns estão todos lá e a senha (como sempre) é ingrid.

Bom, vamos começar pelo começa da estória, ou melhor da aventura.

Essa é a parte 1.

Para não ficar muito caro, compramos as passagens pela Ryanair – empresa de « low fares » que opera por essas bandas e como diz uma amiga brasileira “a gente não vai pra onde a gente quer, a gente vai para onde a Ryanair nos leva”. Dessa forma, nosso roteiro de ida ficou Rennes – Beauvais – Estolcomo. Beauvais é um aeroporto pequeno um pouco ao norte de Paris, por isso saímos de Rennes no primeiro trem rumo a Paris. Deveríamos pegar um ônibus do aeroporto que serve somente ao vôo da própria Rynair num dos metrôs de Paris para chegarmos ao aeroporto. Para essa operação (chegar em Paris, pegar o metro e chegar no ônibus) teríamos cerca de uma hora e meia. Nada muito folgado, mas com tempo suficiente para o processo. Tudo ia bem, até que já na entrada de Paris (naquela hora que os mais desesperados já estão se levantando no trem e pegando as malas) o trem, sem mais nem menos, pára. Alguns minutos depois entra no sistema do som : problema nas linhas de trem, atraso de 15 min. Ia ficar mais apertado, mas tudo bem. Quinze minutos depois, nada acontece. Começa a movimentação no trem. Começa o burburinho. Mais alguns minutos e o trem anda. “UFA! Vai ficar bem apertado, mais ainda dá tempo”. Nova parada. “Ai, ai, ai! E agora?” Sistema de som : “mais problemas”. Meia hora de atraso. Todos em pé com malas e cuias na porta do trem. E a essa altura já concordo com o Ronan [Ingrid] – Não quero viajar comigo mesma, sempre acontece o “inacontecivel”. Sistema de som: “pessoas sobre o trilho. Atraso indeterminado!”

Resumo da ópera: ficamos uma hora na “boquinha de Paris”. Com isso perdemos o tal translado pro aeroporto. Todos no trem já sabiam e opinavam sobre a nossa situação. “Tem que pegar táxi até Beauvais”, “Xiii, perder passagem da Ryanair é furada. Chega a ser triplo pra remarcar”. No fim, encontramos um condutor super gente boa que comprou nossa situação. Chegamos em Paris e fomos correndo pra SNCF, lá descobriram que tinha um trem indo pra Beauvais em meia hora, só que saía de outra estação do outro lado da cidade. Ganhamos os bilhetes de metrô e do trem. Saímos correndo com mochila e tudo. Corremos por todo o metrô. Gare do Nord (óbvio, a maior Estação de trem de Paris) correndo. Trem pra Beauvais. Relógio. Tensão. Contas na cabeça. Ah, almoço... Farofa no trem. Enfim estação de Beauvais...Aiiiii, mais correria. “Um táxi, por favor!!!!”. “Xi, moça, não tem muitos táxis por aqui”. Outro casal indo pra Suécia tb preso no atraso de todos os trens que quiseram entrar em Paris, e que a essa altura falava-se que era por causa de uma manifestação contra Bush (que estava na FR) ou em uma tentativa de suicídio. Nós quatro rachamos um táxi. “Moço, corre pro aeroporto, por favor!”, “Podem ficar tranqüilos, deu problema na torre de Londres. Todos os vôos estão atrasados”. Ainda bem, né.... Bom, chegamos ao aeroporto e realmente todos os vôos estavam atrasados, menos o pra Estolcomo. Mais correria. UFA!!! Entramos no avião e a porta literalmente baixou nas nossas costas. Pelo menos, estávamos a caminho!
Fim da parte1.

Agora, mas calmos... Começa a parte 2 : Nos na Suécia.

Após toda a emoção da ida, chegamos na Suécia. Como tudo da Ryanair aeroporto é bem longe da cidade. Mas dessa vez pegamos o onibusinho. Chegamos em Estolcomo mesmo perto das 7h da noite (bom, noite ???? Maior sol) e tivemos uma baita sorte : sol, céu azul e 27°C, pasmem! Primeira impressão : somos totalmente analfabetos! “Onde fica a placa de saída mesmo?” Impossível ler qq coisa em Sueco. Fomos descobrir que saída é Utgång algum tempo depois. Descobrimos algumas outras palavrinhas também:
Ingång – Entrada
Nåsta – Próxima (estação)
Gamla Stan – Centro Velho
Tak – Obrigado
Reklam – Propaganda
e outras bobagens...

Por sorte TODO mundo fala inglês muito bem. Sem grandes problemas conseguimos algumas informações sobre a cidade e como chegar no hotel, que ficava na estação Telephonplan do metrô, na rua Mikrophonenplan. Depois viemos a descobrir que tivemos uma forte relação com esses lugares relacionados a telecomunicações. Banho, ranguuinho (mais farofa européia) e cama! Estolcomo mesmo ficou pro dia seguinte. Detalhe, acordei [Ingrid] às 3h da manhã pra beber água e qual não foi o meu susto qdo descobri tudo claro e o sol acima do horizonte.

Acordamos em Estolcomo. Mais sorte. Outro dia lindo e quente. Fomos passear e comprar o presente do Osvaldo. Descemos do metro em “Gamla Stan”, que é o coração da cidade. Primeira impressão: a cidade é fofinha! ([Fred] Não é a Rachel que está escrevendo) O centro histórico é enorme e super bem conservado. As casas (QUE ALEGRIA) são coloridas e não pardas como na FR. Torres e cúpulas de igrejas pra todos os lados. Ruelas e bequinhos, cada um mais lindo que o outro. Alem de tudo os “estolcomitas” são super simpáticos (nos disseram que era por causa do tempo bom, mas tá valendo!) e a cidade super animada. Também pra que tem um dos invernos mais longos e mais rigorosos da Europa, é preciso comemorar mesmo o tempo bom!


Gamla Stan


Gamla Stan

Nesse ritmo de aproveitar o calor, rodamos todo o centro antigo e fomos visitar o palácio real. Essa foi uma surpresa super legal. A monarquia na Suécia é super light. Ou seja, apesar dos protocolos não tem muito estresse com a família real, que por sinal parece ser adorada pelos de lá. No palácio real o mais legal é que ele ainda é usado. Ou seja, na véspera as visitas estavam suspensas, pois o rei estava usando alguns cômodos. Todas as recepções, festas e mesmo eventos de estado acontecem lá. Nós, conterrâneos da Rainha, ficamos super a vontade no castelo (risos). No fim da visita ouvimos uma musiquinha... Era a troca da guarda. Descemos pra ver. Que divertido ! É uma cerimônia muito cheia de cerimônia mesmo. Durou 1h pra trocar o turno dos guardinhas. O mais engraçado e difícil de descrever é a olhadinha de lado e os passinhos quase de balé que eles dão pra organizar a formação. Nos divertimos horrores. E sabem de uma coisa, é muito mais legal que em Londres ! Tem todos os protocolos, só que a gente fica no meio do espetáculo. Não tem gradinha separando. Depois disso fomos comprar o presente do Osvaldo. Como falou minha mãe, o design nórdico realmente é enlouquecedor ! Comemos e decidimos ir ver a vista da torre de TV que tem 30 andarem (150m). Uma hora de caminhada pra chegar lá e mais uma pra voltar, mas valeu a pena. A vista é linda e o caminho tb (tudo isso com o presente do Osvaldo a tiracolo). Impressionante como Estolcomo é verde. Vale conferir as fotos! Nisso chegamos no hotel perto do por do sol, ou seja, lá pelas 11h da noite. Dois caquinhos, fomos dormir ! Fim do primeiro dia em Estolcomo e da segunda parte dessa narrativa.


Troca da Guarda

O Casamento

O segundo era o dia do casamento. Então logo cedo pegamos um trem pra cidadezinha do casamento. Detalhe engraçado: conseguir comprar as passagens certas. É certo que o inglês de qq sueco deixa o meu no chinelo, mas os nomes das cidades têm que ser em Sueco mesmo. E só pra melhorar a gente tinha que trocar de trem numa cidade que se chamava “Skövde”. Cada tentativa de comunicação envolvendo o nome da cidade implicava em sacar o mapa e apontar a cidade, pq ninguém entendia nossas tentativas de pronuncia. Nem de “Skövde”, que se diz qq coisa mais ou menos parecida com “choude”, nem de Mariestad que todo mundo confundia com um subúrbio de Estolcomo. Bom, apontando para o mapa mesmo chegamos em Mariestad, lugar do casório. A cidade é bem pequenininha, mas fofa!!!! ([Fred]De novo não é a Raquel) Todos os brasileiros tiveram a mesma impressão – lembra o interior de Minas. Pra mim lembra arquitetura colonial, com casinhas coloridas e super simpáticas. A cidade fica na beira de um super lago da Suécia (Vänern), então é fofinho mesmo. Bom, chegamos fomos pro Albergue (super simpático e com a dona ainda mais simpática), tomamos banho, descansamos meia horinha e seguimos pra igreja.


A Igreja por fora


A Igreja por dentro

A igreja foi a primeira coisa legal do casamento. Ela fica afastada da cidade, num lugar super verde. É uma capelinha singela e aconchegante, não sei de que época. Amei! Confesso que lá até eu [Ingrid] casava (risossssss). Logo na entrada conhecemos o Pedro, a Kátia e a Raquel – amigos brasileiros do Osvaldo. A cerimônia foi adorável tb. Tudo muito simples, mas de um imenso bom gosto. Nada profissional. Tudo “hand made” e foi isso o que mais gostei. Acho que o Osvaldo e a Sofia não têm idéia de como nos dois adoramos o casamento deles. Pra vcs terem uma idéia, quem cantou foi uma amiga da Sofia, e pra fazer uma surpresa, ela conseguiu com um amigo brasileiro que mora em Estolcomo, traduzir a letra da musica pra português e cantou metade em sueco e metade em português. Simpático, não é? As fotos foram feitas por outra amiga, o jantar foi feito por outra amiga dela que tem um restaurante, a decoração não sei por quem, mas foi tudo assim. Tudo tinha cara de simples, mas com enorme bom gosto e principalmente, feito com carinho. O jantar seguiu no mesmo ritmo. Aliás, o lugar do jantar era um sonho. O restaurante da tal amiga fica nas margens do lago, e com vista pra o por do sol (quase às 23h, mas tudo bem!). O evento casamento sueco é divertido. São poucos convidados, mas no espírito “hand made” as pessoas preparam coisas pra se divertir. Então alguns falaram, fizeram joguinhos, contaram histórias da Sofia criança, etc... Estranho pra nós, mas garanto que não ficou nem chato nem piegas. O mais divertido veio das amigas dela que preparam um CD (em estúdio, com uma produção e tanto) de uma musica que foi composta na despedida de solteira da Sofia. A musica, no melhor estilo Abba, chama-se “Crazy about Osvaldo” e é divertidíssima. Para a capa do CD a Sofia se produziu de passista de escola de samba e tudo. Foi inesquecível!!! Naquela noite, sonhei [Ingrid] com fundo musical de “Crazy about Osvaldo”. Pra encerar o evento casamento, no domingo teve um almoço na casa dos pais da Sofia. No melhor estilo “hand made”. Uma delícia também.


Os Pombinhos

[Fred/Shimoo] Agora o meu relato pessoal do casamento:
Foi muito legal ver como eles estavam felizes durante todo o evento.
Logo que entramos na igreja nos disseram que não poderíamos tirar fotos dentro da igreja, salvo na saída da noiva, por isso temos poucas fotos e algumas estão sofríveis. O lugar é realmente uma graça e o entorno é fantástico (temos mais fotos externas que internas).
Chegando ao local do jantar, nos serviram um espumante com morango que estava muito bom. Ficamos do lado de fora, afinal de contas não tínhamos a menor idéia do procedimento do casamento. Estávamos esperando que alguém tomasse alguma iniciativa e acho que meio que estavam todos na mesma toada. Logo vieram 2 amigos da Sofia com as instruções, em sueco e inglês, com direito a bem vindo em todas as línguas dos convidados presentes. Eu confesso que quando ouvi as instruções sobre como proceder caso quiséssemos fazer um discurso, pensei que ia ser a maior roubada, com direito a discursos piegas e tias gordas chorando, mas não foi nada disso, foi tudo muito divertido e eu só digo que gostaria muito de poder ter um casamento assim.


O Jantar (Eu, Osvaldo e Raquel)

Após as instruções entramos e tinha uma tabela com os lugares de cada um. Outro susto. Ainda sem ler, me lembrei de um casamento (se não me engano) finlandês que a Patrícia (minha chefa) foi, em que os lugares eram marcados e todos ficavam misturados, além de todo mundo encher a cara. Nesta altura do campeonato já estava pensando em como pedir desculpas à Ingrid após ter passado a noite inteira cercada de suecos e longe de mim. Outra grata surpresa, todos os brasileiros ficaram próximos e conhecemos também uma outra brasileira que mora em Londres, a Luciana, casada com um Inglês/Indiano, o Amitti. Pronto, o cenário estava armado: Um monte de brasileiros juntos, sendo que um deles era justamente a Raquel, que é completamente louca. Resultado: Diversão garantida. Nós nos divertimos muiiiito. No final a Sofia e o Osvaldo praticamente mandaram todo mundo dormir.
No dia seguinte o almoço foi na casa dos pais da Sofia, um lugar extremamente agradável. Como o dia estava bom ficamos todos no jardim. Foi muito gostoso. Eu só me arrependo de ter esquecido de pegar uma cópia da famosa “Crazy About Osvaldo”.


O Almoço (Kátia, Eu, Pedro, Osvaldo e Raquel)

Gothenburg

Depois do almoço seguimos pra Gothenburg, um pouco mais ao sul. Algumas pessoas, incluindo nas informações turísticas, nos recomendaram ir lá que era lindo, super agradável, etc... Nós dois, os mais recentes caipiras, detestamos. É bem verdade que a gente não teve muita sorte. Acho que não fomos com a cara da cidade e ela não foi com a nossa. Vejam só: chegamos no fim da tarde do domingo – tudo fechado e ameaça de chuva. Tentamos inúmeras vezes ligar pro Formule 1 (nosso hotel de viagens, pois é sempre limpinho, minimamente confortável e barato). Nada! Rodamos atrás de um hotel, nada. Fomos bater num albergue da juventude. Além de só ter camas em dormitórios, era tão caro que ficava o mesmo preço do Íbis. Decidimos voltar para o Íbis. Tentamos por mais de 20 min descobrir como atravessar um avenida pra chegar no Íbis (que fica perto do porto). Nada feito!!! Terminamos ficando num hotel 3 estrelas, carinho pra caramba, perto da estação de trem pq não agüentávamos mais rodar com as mochilas. No dia seguinte, na hora de conhecer a cidade, chuva. Chuva e frio!!! Estava complicada nossa relação com essa cidade, não? Alem disso é uma cidade grande e parece um pólo de negócios. Ou seja, não deu mesmo. À tarde arrastamos as malas rumo a Copenhagem. (na verdade a gente queria ir pra Noruega conhecer os fiordes, mas por causa do relevo a viagem ficava muito longa! Que pena... Fica pra uma próxima).


Gothenburg - Vejam que dia lindo!

Copenhagen

Segunda à noitinha chegamos em Copenhagem. Primeira sensação: caramba, agora que conseguimos entender a lógica das coisas em sueco – pelo menos já distinguíamos as placas de saída – tudo muda pra dinamarquês. A gente procura, né!!!!! Segunda impressão: Copenhagem é ainda mais cara que Estolcomo. Ai!!!!! Bom, já que estamos aqui, vamos aproveitar. Descolamos algo que se chamava hotelet (acho que em dinamarquês quer dizer “quase hotel” – risos – e fomos desvendar Copenhagem. Bem, hotelet dava bem pro gasto – ao menos era limpinho – e Copenhagem, apesar de já ter carinha de cidade grande, é bem simpática.


Copenhagen - Praça da Prefeitura

A terça foi dedicada a bater perna em Copenhagem.Centro antigo, cais, parques, troca da guarda, castelos reais, etc. Rodamos literalmente Copenhagem de cabo a rabo a pé!!! O centro é um agito. Centro nobre de compras da cidade, intercalado com diversas pracinhas repletas de barzinhos ou restaurantes. Tudo isso cercado de casinhas coloridas (oba!!! Nada de pardo aqui tb!!!). Tem um porto super legal – lembra a rua da Aurora em Recife, só que é mais bem cuidado e mais bem aproveitado. Lá cada casinha daquelas é um restaurante descolado.Como tinha sol, estava tudo lotado. Super animado. Qto aos parques, Copenhagem é um pouco menos verde que Estolcomo, mais é bem arborizado e cheio de parques pra todos os lados. Tem um lugarzinho que achamos especial. Nada turístico. Bairro residencial. Sossegado. Mas super aconchegante. As portas são emolduradas por roseiras – sorte de ser primavera – lotadas de flor. As janelas são pequenos jardins suspensos. E em frente a cada casa, tem uma bicicleta displicentemente estacionada na porta que da um charme todo especial. Quem vir as fotos vai reconhecer rapidinho. Fizemos diversas lá.


Copenhagen - Porto

Quarta é o dia de ter museus de graça. Por sorte, justo na quarta o tempo fechou. Então nos dedicamos a conhecer as coisas “indoor”. Descobrimos dois lugares inesquecíveis. As ruínas do castelo e o museu de historia da Dinamarca. As ruínas são super loucas, pq descobriram a não muito tempo (começo do séc. XX) que diversos castelos, desde a fundação de Copenhagem na idade media, foram construídos uns sobre os outros. É como acompanhar um pouco o crescimento de Copenhagem, seguindo as “modas artísticas e tecnológicas”. O museu de historia é algo pra se ir, no mínimo, uma vez por semana. Tem tudo desde a pré-história nórdica até hoje. Super bem organizado, didático... Enfim, maravilhoso!!!! Após isso, que pena, pegar as malas e o ônibus pra Estolcomo. Essa noite foi toda na estrada.


Copenhagen - Cena da Cidade

Estolcomo 2

Quinta de manhã chegamos em Estolcomo. Meio amassados da viagem e passando um frio danado. Deixamos as malas no locker e fomos passear. Nesse dia o tempo não ajudou. Tava super frio, ventando horrores e com a maior cara de chuva. E a gente que queria conhecer um parque. Ainda tentamos. Mas não deu. Perto da hora do almoço, desistimos. Tava realmente frio. Fomos pra um Shopping (nossa, que horror né!), mas bom foi o primeiro lugar quente e seco que encontramos. Comemos num Mcdonalds – esse dia realmente estava atípico: Shopping + Mac!!! – e voltamos pro hotel. Pela primeira vez na viagem, e acho que pela 1a vez em qq viagem nossa, passamos o fim de tarde inteiro dormindo. Olha que naquele momento da viagem não foi tão ruim assim. No último dia pensamos em ir conhecer Uppsala, uma cidadezinha típica perto de Estolcomo, mas terminamos “dando uma passadinha” no parque Skansen. Bela opção. Esse parque é fantástico. É, na verdade, um museu a céu aberto, onde um nobre do séc. XIX que não sabia fazer com o dinheiro decidiu colocar casas de diferentes épocas e regiões da Suécia. Mas o fantástico é que não são replicas das casas. São casas reais, que foram habitadas até serem compradas. E tem tudo dentro até hoje – pratos, talheres, móveis, panos, enfim, impressionante. Se alguém for por acaso, um dia a Suécia, não deixe de ir lá. É óbvio que tiramos uma infinidade de fotos por lá!!!!


Estolcomo - Skansen

Londres

Bom, aqui acaba nossa primeira aventura nórdica. Primeira pq a Noruega ainda nos aguarda. Mas como nenhuma viagem pode ser sossegadíssima conosco, ainda teve uma rápida incursão em Londres – um passeio de algumas horas só pro Fred ver a cara de Londres entre um vôo e outro – e uma chegada a nossa moda na França. Qto a Londres, os caipiras aqui não curtiram tanto. Bom, Londres é tipo Sampa, legal ficar lá uns dias pra curtir a vida cultural. Assim, rapidinho fica meio sem graça.

Voltando para casa

Qto a chegada na França – por sinal nunca pensamos na nossa vida em dizer “que bom voltar pra França que é mais baratinho!!!” – aconteceu uma daquelas coisas que só acontecem com a gente. Nosso vôo chegava em Dinard, a uns 40Km de Rennes, só que tarde da noite. Então teríamos de pegar o translado até Saint Malo, dormir lá e no dia seguinte enfim seguir pra Rennes. Mas ocorreu que o vôo atrasou 15 minutos e o onibusinho que existe exclusivamente pra levar os passageiros desse vôo pra St Malo saiu na hora. Resultado, nos dois podres de cansados as 10:30 da noite num aeroporto no meio do nada. Tivemos que chamar um táxi , e tentamos achar um hotelzinho lá perto. Como era um fim de semana de sol (Dinard é praia) tudo lotado. Assim, voltamos de táxi até Rennes (pela bagatela de 100 euros...)

Fim da nossa viagem, dessa narrativa, do nosso pique, da nossa condição de fazer qq coisa e do nosso dindim...


BEIJO A TODOS!

OBS: ficou grande essa edição, heim.... Foi mal!


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